27.6.11

A gente é feito pra cabar e isso nunca vai ter fim...

"A última vez em que amei assim,
tive que morrer pra depois nascer são..."

Hoje a poesia morreu,
a musa morreu,
a banda morreu..
a musica morreu...
Os ruidos que eram para voce
ja nao serão mais proferidos por minha boca
pois minhas palavras morrerão.

Ninguem mais as mereceria,
ninguem mais seria suficiente
ninguem mais basta!

e se não for por voce...
não serão pra mais ninguem...

no fim.. fomos feitos para acabar

e não é que acabamos mesmo!

19.6.11

EU QRO ALGUÉM Q, TAL QUAL A MIM, DE OLHOS VENDADOS, SE LANCE AO DESCONHECIDO E SE PERMITA AO INENARRAVEL: O TOQUE! N QRO O MEDO, N QRO A PARALISIA, N QRO A ANESTESIA, EU QRO O CONTATO! EU QRO OS POROS ABERTOS AO PORVIR E QRO QUEM ESTEJA COM OS POROS ABERTOS E CARREGADO DE AFETO ENTRE OS DEDOS... TANTO AFETO QUE EU TENHA QUE AJUDAR A CARREGAR...

14.5.11

Cria a dor, Cria e ATURA!

a cidade já não preenche meus passos,
pois o vazio da incerteza incomoda meu tino,
olhar pra você e ver o quanto de mim resta
nas tuas atitudes que tanto abomino.
o rancor de não te sentir
e de nunca ter tido qualquer afeto que fosse
e, talvez, nem oferecido.
a cidade já não preenche mais meus passos
e nem ao menos consigo fingir que tudo encontra-se no lugar,
já não há mais lugar em que tudo se encontrava.
desprezar tudo o que acredito fecha meus poros
e sufoca todo o controle que a certeza trazia.
não sei o que me basta,
tudo o que basta é errado e não deveria bastar...
no fim, sou só eu quem se preocupa com certo e errado,
sem me questionar se tais conceitos realmente existem,
a não ser dentro de mim.
eu a odeio com uma ira que não cabe
mas não foge por meus poros fechados.
feriu a quem eu mais amo... feriu a mim
por ver em você toda a mentira em que vivo
e me apego.
feriu o todo em que me construo e do qual fortifico base.
feriu minhas convicções.
sim, ha possibilidades, responsabilidades e consequencias
e, talvez, devesse me questionar sobre quem tenho repelido todo esse tempo,
se a você ou se a mim...
hoje somente vomito para que amanhã possa ingerir
algo que realmente me alimenta!

13.5.11

Rebanho Onírico

Não sou uma pessoa concisa,
das que escreve 4 ou 5 palavras em um sms,
eu uso logo todos os caracteres,
falo tudo de uma vez,
porque a intensidade emana de meus poros.
Não vivo pela metade,
eu erro logo duas, três vezes,
tal qual Leminski...
Eu sou dos bens não materiais,
acumulo tudo o que não serve,
nem ficará a não ser pra quem eu me doar.
Meu rebanho é feito de sonhos,
de gostos, de visões...
Eu sou o que não se encontra por aí 
tão facilmente.
Minhas ovelhas,
algumas negras,
outras não,
ora me servem,
ora não.
Todas desenfreadas,
fazem o que bem entendem.
Experencio-me, possibilito-me
E o medo, quase conseqüência,
as vezes é só escolha...
No fim, não tenho nada
e esse nada é tudo o que quero compartilhar
com quem quiser, comigo,
pastorear meu rebanho,
rebanho onírico...

18.4.11

Vai...

foi vendo fotos de filhos de Deus sabe quem
que dei adeus aos nossos
em uma árdua e dura realidade
de que até o que há de mais lindo
também pode acabar...
o Francisco será só meu,
a Sophia, talvez.
as poesias serão sempre nossas.
vai, vai que te vejo partir daqui,
com lágrimas nos olhos
e furor nas asas
e furos na pele
e dor no peito.
há muito de você nos meus dias,
nas minhas falas,
nos meus ouvidos,
na minha lembrança,
mas falta onde era pra estar...
Saudade do pra sempre,
de tudo o que viria,
de nós onde nós estaríamos.
Siga teu rumo e eu sigo o meu
montando altares a deuses de toda estirpe,
machucando-me e corroendo-me,
corrompendo-me,
transgredindo-me,
expondo-me e ferindo-me
afinal nem toda estrada é santa,
e, mesmo assim, não houve nada mais bonito
que caminhar do seu lado.
Vai...




Hei...




Já foi?!

16.4.11

O Inacabado

Nunca encontrei alguém
Tão imperfeitamente humano,
Tão docemente contraditório,
Alguém tão maravilhosamente impulsivo,
Tão incontrolavelmente transgressor,
Alguém tão deliciosamente ousado,
Alguém que não deixa pra amanhã
As perguntas,
As dúvidas,
As insistências
No encalço.
Nunca encontrei alguém
Tão inacabado,
Estragado,
Alguém como você
Pessoa do espelho
Que me olha quando eu olho...
Que verdadeiramente
Me vê...
Me sente,
Me entende(!).
Nunca encontrei alguém
Tão incoerentemente perdido
Como eu!

12.3.11

O Fim!






O que é mesmo que se passa?

Acordei com uma inquietude de machucar a alma, uma vontade de tudo no mundo. Mesmo assim algo ainda faz com que eu fique, com que eu deseje o tudo que me bastava antes e com a indagação de por que não me basta mais.
Sei que o movimento de morrer a cada dia nos percorre e nos faz renascer de outra forma, mas não sei se estou pronta pra ficar ressurgindo feito fênix.
Minha luz nos olhos passa e ser para as descobertas... Mas as temo com um gelo na espinha, um arrepio na nuca e uma alma que não se aquieta.
Acordei como nunca antes e tenho mudado tanto em tão pouco tempo que o tempo já é uma grandeza que me assusta. Tudo me assusta hoje. Toda e qualquer possibilidade. Toda e qualquer atitude. Mas a inquietude pede atitude. Pede ação! Já! Às vezes acho que agir é uma forma de sabotar-me afinal depois da decisão, já não posso voltar atrás... Mas sempre volto!
Eu sou uma pessoa que vive se arrependendo... a impulsividade tem seu preço. Permito-me ao momento, ao agora, mas de repente, como chuva que passa, vem a vontade de nunca ter ido, conhecido, experimentado. Sou um arrependimento ambulante, que não cessa de arrepender-se, pois não cessa de agir, de ir, conhecer, experimentar...
Não sei qual movimento está incorreto.
Não sei como sou, estou, como faço, como sinto, o que sinto...
Talvez seja melhor desistir das perguntas, qualquer hora tropeço nas respostas e pronto.
No mais é isso, sou eu e Deus, até o final.
Eu preciso aprender a ser só!


22.2.11

As besteiras que fizemos ontem a noite...

Ela gostava de ser desejada, cobiçada...
Adorava sentir que os homens pensavam nela, a queriam!
E se insinuava (!), seduzia (!), esse era o seu poder:
Aquela mulher que só diz sim.
Até o dia em que se olhou nua no espelho
e viu as marcas de todos eles em seu corpo.
Nesse dia lavou sua pele dos vestígios de outrora
e percebeu que queria guardar mais do que meros rastros carnais...
Queria que alguem estivesse dentro.
Alguem que detivesse dela mais que seus gemidos...



19.2.11

Solidão

Hoje enquanto acordava e bocejava
algo que eu não desejava
entrou pela minha boca.
Era a tristeza que insistiu e me pegou de surpresa
invadindo meu corpo sem que eu permitisse...
Ela entrou e, indigesta, não foi digerida,
estranhamente, foi absorvida pelo meu organismo 
e todos os seus componentes.
Hoje a tristeza faz parte de mim!
Tentei expeli-la mas, teimosa, não quer sair,
encontrou o lugar de que precisava
pra fazer morada, além do mais, apaixonou-se...
Apaixonou-se pela solidão que já há um tempo
habitava em mim e, juntas, estão decorando o lugar.
Quanto a mim, hei de me acostumar com a presença indesejada
e torcer muito, e torcer em demasia
pra que não se reproduzam...



27.1.11

Cacos no Quintal

Hoje derrubei um vaso
lá no fundo do quintal de casa.
Os cacos, milhares,
podem pertencer a qualquer um,
inteiro (?) a mais ninguém.
Colei alguns pedaços,
outros ainda procuro.

Sabe Deus onde estarão.
...
Reconstruí, já, quase tudo...

Veja...

Desse lado
nem se nota...

25.1.11

Santo Insano

teu santo tinha pés de barro
e ruiu do andor em que era carregado.
seu altar promíscuo já nao merece mais oferendas
e a descofiança ronda seus milagres...
teu santo não era santo,
era santo do pau oco,
imperfeito como os mortais,
pecou como estes
e pede perdão como estes.
teu santo não era santo 
nem nada
era você e pra você
imperfeito como você
e, enquanto caia de seu andor,
teu santo chorava
pelo peso da perfeição em seus ombros,
pelo tombo de cair com seus pés de barro,
e pela tristeza de saber que ja nao era mais santo
nem mais você,
nem era mais nada...

24.1.11

Somos humanos ou dançarinos?

somos humanos ou dançarinos?
a beira do abismo
com os pés em um eterno balet.
o erro e o acerto sao questao de tempo
e os juizes virão...
me comportarei como o padrão?
dançarei segundo suas danças?
ou criarei meus próprios passos?
e se cair?
e se acabar?
nada mais importa
não ha mais o que perder
a musica ainda toca
e não posso me recusar a dançar...
somos humanos ou dançarinos?
é a vida ou a valsa?
a beira do abismo me arrisco
minha cabeça teme
mas eu mesma me trouxe aqui.
abismo que cavei com meus pés...
dançando!