18.4.11

Vai...

foi vendo fotos de filhos de Deus sabe quem
que dei adeus aos nossos
em uma árdua e dura realidade
de que até o que há de mais lindo
também pode acabar...
o Francisco será só meu,
a Sophia, talvez.
as poesias serão sempre nossas.
vai, vai que te vejo partir daqui,
com lágrimas nos olhos
e furor nas asas
e furos na pele
e dor no peito.
há muito de você nos meus dias,
nas minhas falas,
nos meus ouvidos,
na minha lembrança,
mas falta onde era pra estar...
Saudade do pra sempre,
de tudo o que viria,
de nós onde nós estaríamos.
Siga teu rumo e eu sigo o meu
montando altares a deuses de toda estirpe,
machucando-me e corroendo-me,
corrompendo-me,
transgredindo-me,
expondo-me e ferindo-me
afinal nem toda estrada é santa,
e, mesmo assim, não houve nada mais bonito
que caminhar do seu lado.
Vai...




Hei...




Já foi?!

16.4.11

O Inacabado

Nunca encontrei alguém
Tão imperfeitamente humano,
Tão docemente contraditório,
Alguém tão maravilhosamente impulsivo,
Tão incontrolavelmente transgressor,
Alguém tão deliciosamente ousado,
Alguém que não deixa pra amanhã
As perguntas,
As dúvidas,
As insistências
No encalço.
Nunca encontrei alguém
Tão inacabado,
Estragado,
Alguém como você
Pessoa do espelho
Que me olha quando eu olho...
Que verdadeiramente
Me vê...
Me sente,
Me entende(!).
Nunca encontrei alguém
Tão incoerentemente perdido
Como eu!