foi vendo fotos de filhos de Deus sabe quem
que dei adeus aos nossos
em uma árdua e dura realidade
de que até o que há de mais lindo
também pode acabar...
o Francisco será só meu,
a Sophia, talvez.
as poesias serão sempre nossas.
vai, vai que te vejo partir daqui,
com lágrimas nos olhos
e furor nas asas
e furos na pele
e dor no peito.
há muito de você nos meus dias,
nas minhas falas,
nos meus ouvidos,
na minha lembrança,
mas falta onde era pra estar...
Saudade do pra sempre,
de tudo o que viria,
de nós onde nós estaríamos.
Siga teu rumo e eu sigo o meu
montando altares a deuses de toda estirpe,
machucando-me e corroendo-me,
corrompendo-me,
transgredindo-me,
expondo-me e ferindo-me
afinal nem toda estrada é santa,
e, mesmo assim, não houve nada mais bonito
que caminhar do seu lado.
Vai...
Hei...
Já foi?!
18.4.11
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muito obrigada Fran!
ResponderExcluirFran, que texto mágico e belo... dolorido... me lembrou da música de Milton... "..solto a voz nas estradas, já não posso parar meu caminho é de pedra... vou seguindo pela vida... me esquecendo de vc... vou querer amar de novo, mas se não der não vou sofrer...."
ResponderExcluirbjs no coração, e ótimo feriado.
“(...) Sofremos
ResponderExcluirpor quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e
passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas
as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não
conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não
tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado, e não
compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e
paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao
cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar(...)” (Carlos
Drummond de Andrade)